Deputados do distrito de Vila Real já tomaram posse na Assembleia da República


Amílcar Almeida (AD), Fernando Queiroga (AD), Ana Maria Silveira (AD), Manuela Tender (Chega) e Rui Santos (PS) foram os deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Vila Real à Assembleia da República (AR) na nova legislatura.

Os cinco deputados eleitos pelo círculo de Vila Real, nas eleições legislativas de 18 de maio, tomaram posse esta terça-feira, 03 de junho, na Assembleia da República, na configuração do novo Governo. A Ministra da Saúde Ana Paula Martins da Aliança Democrática (AD), foi substituída pelo número 4 da lista da AD, Ana Maria Silveira.

O jurista Amílcar Almeida foi reeleito deputado da Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Vila Real. O ex-presidente da Câmara Municipal de Valpaços, de 60 anos, número dois da lista da AD – Coligação PSD-CDS, vai representar o distrito na XVII legislatura. Fernando Queiroga, 56 anos, que suspendeu o mandato na Câmara Municipal de Boticas, para integrar a AR, foi o número três da Aliança Democrática e estreia-se na Assembleia da República neste mandato, assim como a professora Ana Maria Silveira, 54 anos, de Vila Real, número 4 da lista da AD após ser a escolha para a substituição da cabeça de lista Ana Paula Martins.

Já a professora valpacense Manuela Tender, de 54 anos, cabeça de lista do Chega por Vila Real, continua na Assembleia da República depois de ter sido deputada na XII e XIII legislaturas pelo Partido Social Democrata entre 2011 e 2015, e posteriormente, entre 2015 e 2019, e em 2024 na última legislatura, pelo Chega. Rui Santos, 56 anos, número um do PS por Vila Real, deixou a presidência da Câmara Municipal de Vila Real e assume o cargo de deputado da AR depois da experiência na XII legislatura.

Os deputados assinaram um termo de posse no qual afirmam que irão desempenhar fielmente as funções e “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”.

Com a tomada de posse desta terça-feira, para XVII legislatura terminam funções de deputado Alberto Machado pela AD e Fátima Correia Pinto pelo PS, assim como André Marques que chegou a substituir Alberto Machado que havia pedido suspensão.

Com a nova configuração da Assembleia da República, o BE fica com um deputado (-2), o PCP fica com três deputados (-1), o Livre com seis deputados (+2), o PS com 58 deputados (-20), o PAN com um deputado (=), o PSD com 89 deputados (+11), o CDS -PP com dois deputados (=), a IL com nove deputados (+1) e o Chega com 60 deputados (+10).

Os trabalhos no Parlamento arrancaram com 230 deputados dos quais 44 são estreantes. 77 deputados são mulheres e sete deputados têm menos de 30 anos.

Pelo distrito de Vila Real, a AD elegeu três deputados, mais um em relação às últimas eleições legislativas. Pelo mesmo círculo eleitoral, foram eleitos Ana Paula Martins (substituída por Ana Silveira), Amílcar Almeida e Fernando Queiroga. O PS elegeu um deputado por Vila Real, menos um que as últimas eleições legislativas. Foi eleito Rui Santos. O Chega voltou a eleger um deputado, tendo sido eleita Manuela Tender.

Com a suspensão de mandato de Fernando Queiroga, em Boticas é Guilherme Pires, até então vice-presidente, que assume a presidência da câmara, assim como Alexandre Favaios no Município de Vila Real, após a suspensão de Rui Santos. Amílcar Almeida continua a ser substituído por António Medeiros que tem vindo a assumir a presidência desde a tomada de posse do deputado.

No distrito que elege cinco deputados, disputados por 13 partidos e coligações, a AD - Coligação PSD/CDS foi o partido mais votado com 44,39% (50.522 votos), em segundo lugar, o PS com 24,59% (27.990 votos), o Chega manteve-se como terceira força política mais votada, mas aumentou o número de votos para os 22.754 (19,99%). A Iniciativa Liberal passou de sexta para quarta força política no distrito, obtendo 2.481 votos (2,18%), seguindo-se o Livre com 1.743 votos (1,53%), o ADN com 1.713 votos (1,51%), a CDU com 1.401 votos (1,23%) e o BE com 1.150 votos (1,01%). O PAN obteve 775 votos (0,68%), o PPM com 186 votos (0,16%), o R.I.R com 182 votos (0,16%), o Ergue-te com 130 votos (0,11%) e o Volt com 111 votos (0.10%). De um total de 206.897 eleitores inscritos neste círculo eleitoral, foram votar 113.806, com a abstenção a fixar-se em 44,9%. Foram registados 1.359 votos em branco (1,19%) e 1.309 votos nulos (1.15%).

Em território nacional a Aliança Democrática (AD), coligação entre PSD e CDS-PP, venceu as eleições de 18 de maio, com 32,10% (1.914.913 votos) tendo sido reeleito como primeiro ministro, o social democrata Luís Montenegro. A AD elegeu 89 deputados, o PS e o Chega elegeram 58 deputados depois de conquistar 23,38% (1.394.501 votos) e o Chega 22,56% (1.345.575 votos), respetivamente. A Iniciativa Liberal viu serem atribuídos nove mandatos, após conquistar 5,53% (330.149 votos), o Livre seis deputados, 4,20% (250.651 votos), o PCP-PEV elegeu três deputados, 3,03 % (180.943) o Bloco de Esquerda, o PAN e o JPP elegeram um deputado cada, com 2.00% (119.211 votos), 1,36% (78.914 votos) e 0.34% (20.126 votos), respetivamente.

As restantes forças políticas concorrentes não obtiveram representação parlamentar.

O líder do PSD, Luís Montenegro, foi indigitado primeiro-ministro pelo Presidente da República na quinta-feira, 29 de maio. O Parlamento reuniu na terça-feira para eleger o Presidente da Assembleia da República, tendo sido reeleito José Pedro Aguiar-Branco, na primeira sessão plenária desta nova legislatura.

Luís Montenegro apresentará a composição do futuro Governo, sem data oficial conhecida.

Sara Esteves

Foto: DR


04/06/2025

Política


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