Seminário deu a conhecer os vinhos que ‘casam’ com outros produtos endógenos do território
A Escola Superior de Hotelaria e Bem-Estar (ESHB) de Chaves do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) acolheu na quinta-feira, 29 de maio, o Seminário “Entre Vinhas, Águas e Sabores: Território, Inovação e Sustentabilidade na Enogastronomia”. O evento procurou destacar a riqueza dos produtos endógenos da região, sobretudo do Alto Tâmega e Barroso, e valorizar a Enogastronomia.
“Entre Vinhas, Águas e Sabores:
Território, Inovação e Sustentabilidade na Enogastronomia” foi o tema escolhido
pela Escola Superior de Hotelaria e Bem-Estar do IPB para um seminário que
reuniu nas instalações provisórias desta escola superior enólogos, sommeliers,
chefs de cozinha, produtores locais, alunos e professores desta instituição de
ensino superior e da Escola Profissional de Chaves.
O seminário de reflexão, partilha
e valorização da Enogastronomia, destacou a importância da inovação, da
sustentabilidade e da riqueza dos recursos endógenos da região do Alto Tâmega e
Barroso.
A sessão de abertura do evento
contou com a presença de Maria José Alves, Presidente da Comissão Instaladora
da ESHB, do Presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz, e do Presidente
do IPB, Orlando Rodrigues que destacou a importância e o crescimento do setor
turístico e hoteleiro em Trás-os-Montes.
“Todos os indicadores apontam
que poderemos ter aqui um crescimento muito acentuado do Turismo na nossa
região, pelas características únicas que temos, pela qualidade do nosso
ambiente, dos nossos produtos e portanto, para alavancar este crescimento que temos,
certamente precisamos de inovar, de qualificar pessoas e uma Escola de
Hotelaria aqui, com uma especialização no Bem-Estar como a nossa, no Alto
Tâmega é absolutamente fundamental neste ecossistema de Trás-os-Montes que
precisa de potenciar o turismo”.
O Seminário foi dividido em dois
painéis: um sobre ‘Enogastronomia como Património Vivo: Sabores que Constam
Histórias’, onde discursou Amílcar Salgado, da Quinta de Arcossó, o Chef Vítor
Adão, do Plano Restaurante e o Sommelier António Gonçalves do G Pousada
Restaurante e o segundo painel sobre ‘Sustentabilidade à Mesa: Desafios e
Caminhos para o Futuro’ com o contributo de Fernando Morais do Six Senses e do
Chef Vítor Hugo, do Biclaque-Pena Park Hotel.
Durante a manhã decorreu ainda
uma mesa redonda sobre ‘Enogastronomia 360º: Investigação e Inovação’ moderada
por Bebiana Monteiro do Instituto Politécnico do Porto, e com a participação de
Jorge Alves da Quanta Terra, de Rafaela Guimarães do Laboratório Colaborativo
AquaValor e de Nelson Felix da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do
Estoril.
No período da tarde foram
realizados três workshops com os diferentes produtos endógenos do território
como vinhos, águas, batata frita, folar, pastéis de Chaves, queijo, mel, entre
outros.
OBRAS DA RESIDÊNICA “ESTÃO A
CORRER BEM”
Questionado sobre as obras para a
criação de uma residência, que terá capacidade para albergar 120 alunos, e o
Campus Universitário, em Outeiro Seco, o Presidente do IPB, adiantou que as
obras estão a correr bem e devem ficar concluídas no segundo semestre do
próximo ano.
“As obras da residência estão
a correr bem. O Município de Chaves doou-nos, aqui, um espaço fabuloso e,
portanto, fizeram aqui um esforço muito grande de juntar muitas parcelas e
doaram um espaço magnífico de cerca de oito hectares. Neste momento, a obra da
residência está em construção, com um ligeiro atraso de dois ou três meses, e,
portanto, esperemos que ela seja concluída em breve, pelo menos, enfim, em
condições de acolher alunos, não no primeiro semestre do próximo ano letivo, mas
esperemos que no segundo”, frisou Orlando Rodrigues que disse ainda estar
praticamente concluído o projeto para a nova escola.
“Temos o projeto praticamente concluído da nova escola, procuraremos lançá-lo, viabilizar financeiramente e lançar logo que possível. Temos também concluído o projeto de ordenamento do Campus, enfim, que de resto valorizará muito, sob o ponto de vista urbanístico e arquitetónico, aquela zona da cidade. O projeto de ordenamento prevê também a instalação de um parque de Ciência e Tecnologia, para a instalação de empresas, inovação de empresas, etc.”, concluiu.
Sara Esteves
Fotos: Carlos Daniel Morais
29/05/2025
Sociedade
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