CCDR-N diz ter disponibilizado toda a documentação que detinha sobre a mina do Barroso


A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Norte (CCDR-N) revelou esta quinta-feira, 04 de setembro, que disponibilizou toda a documentação que detinha sobre a mina do Barroso e rejeitou ter retido informação no decorrer da participação pública no processo de avaliação ambiental da mina do Barroso, em Covas do Barroso, no concelho de Boticas.

Além da CCDR-N, a conclusão do Comité da Convenção de Aarhus foi que também a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) retiveram “de maneira deliberada e infundada” informação sobre o processo.

Esta entidade do Norte esclareceu que agiu “conforme o enquadramento legal nacional” e que a 8 de abril de 2021, respondeu à Fundação Montescola “informando que o procedimento de AIA se encontrava em fase de instrução e apreciação do Estudo de Impacte Ambiental (EIA), coordenado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), enquanto Autoridade de AIA”.

Nesta fase, diz ainda a CCDR-N, através de comunicado que, “não estavam reunidas as condições legais para facultar o acesso aos documentos solicitados” e que “apenas detinha documentos relativos à sua participação no processo, não sendo a entidade responsável pela centralização da documentação”.

“Esta interpretação foi confirmada pela Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA), que validou que o acesso só deveria ocorrer após o termo do procedimento ou após um ano da elaboração dos documentos”, lê-se ainda no comunicado.

Posteriormente, e na sequência daquele que terá sido um novo pedido, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Norte “disponibilizou à Fundação Montescola toda a documentação que detinha e que já se encontrava elaborada há mais de um ano, em conformidade com os pareceres da CADA e com o enquadramento legal vigente”.

Face à conclusão do Comité da Convenção de Aarhus, a CCDR-N destaca que sua atuação foi “pautada pelo estrito cumprimento da lei e pela consulta à entidade competente em matéria de acesso à informação administrativa, não tendo havido qualquer retenção indevida ou injustificada de informação”.

A comissão de coordenação refere ainda, quanto ao parecer do Comité da Convenção de Aarhus, que este “reconhece que as entidades envolvidas, incluindo a CCDR Norte, atuaram de acordo com a legislação portuguesa em vigor”, apesar do comité considerar “que essa legislação deve ser revista por não estar plenamente alinhada com os princípios da Convenção de Aarhus”.

 

Sara Esteves

Foto: DR


05/09/2025

Sociedade


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